Estudo aponta que os profissionais da chamada “indústria criativa” ganham quase três vezes mais que a média salarial do país, de acordo com o estudo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, produzido pela Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
Nas últimas décadas, as empresas não só passaram a reconhecer a importância do conhecimento como insumo de produção, como também perceberam seu papel transformador no sistema produtivo. Por isso, o Sistema FIRJAN desenvolveu o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, uma nova ferramenta que permite a consulta dos dados referentes à quantidade de postos de trabalho, remuneração e o grau de escolaridade média das profissões criativas brasileiras. Os dados das ocupações são da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho, classificados a partir das metodologias referentes às indústrias criativas.
As profissões foram agrupadas em catorze segmentos criativos: Arquitetura & Engenharia, Artes, Artes Cênicas, Biotecnologia, Design, Expressões Culturais, Filme & Vídeo, Mercado Editorial, Moda, Música, Pesquisa & Desenvolvimento, Publicidade, Software, Computação & Telecom. Esses trabalhadores, que dependem da criatividade como principal força de trabalho, possuem um rendimento médio salarial de R$ 4.693, bem acima da média de R$ 1.733, que representa todos os profissionais formais do Brasil.
Entre as carreiras das áreas de pesquisa e desenvolvimento, arquitetura e engenharia, artes cênicas, software e computação, rádio e televisão, os geólogos e geofísicos lideram o ranking dos mais bem pagos. Em média, ganham R$ 11.385, quase sete vezes mais que o patamar nacional. Em seguida estão os diretores de programas de televisão e os atores, com rendimento médio de R$ 10.753 e R$ 10.348, respectivamente. Os biotecnologistas, os diretores de redação, os editores de revista, os arquitetos e engenheiros, os autores roteiristas e os pesquisadores em geral completam o ranking.
O mercado formal de trabalho do núcleo criativo é composto por 810 mil profissionais (1,7% do total de trabalhadores brasileiros). Há 243 mil empresas no núcleo da Indústria Criativa do Brasil, com um PIB equivalente a R$ 110 bilhões, 2,7% do total produzido no país. Isso revela que o Brasil está entre os maiores produtores de criatividade do mundo, na frente de países como Itália (PIB Criativo de R$ 102 bilhões) e Espanha (R$ 70 bilhões).
As 10 maiores profissões criativas do país
Arquitetos e Engenheiros estão no topo da lista como os profissionais mais numerosos da Indústria Criativa, com 229.877 empregados formais. Em seguida, com 50.440 trabalhadores, aparece o Programador de sistemas de informação.
Entre as dez profissões criativas mais numerosas do Brasil, quatro integram o segmento de Publicidade: Analista de negócios (3° lugar, com 45.324 funcionários); Analista de pesquisa e mercado (4° lugar, com 25.141); Gerente de marketing (5º lugar, 20.382) e Agente publicitário (8°, com 14.032 empregados).
Completam o Top 10 os profissionais de Designer gráfico (6° lugar, com 17.806 funcionários); Biólogo (7° lugar, 15.182); Gerente de pesquisa e desenvolvimento (9º lugar, 13.414) e Designer de calçados sob medida (10° lugar, 13.068), que atuam no segmento Moda.
Para verificar sua profissão e área de atuação mais específica, acesse o site da Firjan Indústria Criativa.