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Primeira edição da Semana D teve participação de 2 mil pessoas

Semana D: primeira edição do evento teve participação de 2 mil pessoas

Com a proposta ‘pensar e agir design’, a primeira Semana D, realizada entre 2 e 8 de outubro em Curitiba em uma iniciativa do Centro de Design junto à ProDesign>pr, reuniu quatro palestras, quatro debates, cinco exposições, um encontro de designers e ainda quatro workshops, em uma programação a fim de enaltecer a importância do design na vida cotidiana.

Fotos: Daniel Sorrentino

Ao todo, somaram-se mais de 2 mil visitantes, em diversos locais da capital paranaense, inclusive shoppings que receberam exposição e debate. “Desde a idealização até o acompanhamento das diversas ações promovidas ao longo dos sete dias, foi nítida a convergência e a energia colocadas para que a assinatura ‘Semana D’ fosse emblemática”, conta Ana Brum, coordenadora de projetos do Centro de Design. “Estamos certos, pessoalmente e institucionalmente, que ao somar esforços e atuar de forma colaborativa, os resultados são sempre potencializados”, completa.

Em agosto, as primeiras conversas entre os organizadores incluíam uma exposição e uma palestra – e então, ao se tornar um evento colaborativo, a Semana D pôde se tornar um festival de design, uma design week, que em sua primeira edição mostrou potencial para tornar-se um marco anual em Curitiba, cidade que em outras ocasiões já apresentou o design de forma pioneira.

Tulio Filho, presidente da ProDesign>pr, vê excelentes resultados com as ações, que procuraram contribuir para a disseminação do design ao alinhar e organizar conteúdos e agendas. “O Brasil possui uma produção de conteúdo de qualidade muito grande – o que acontece é que este conteúdo está solto, desconexo”, afirma ele. E ainda enfatiza as relações envolvidas no processo: “Acredito que o maior legado que a Semana D proporcionou foi a abertura de canais e o estabelecimento de novas relações entre instituições, que juntas conseguiram desenvolver um evento importante em um período de tempo muito curto”.

O evento contou com a correalização do Centro Internacional de Inovação (C2i), colaboração da ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores, da FAE Centro Universitário, do Instituto GRPCOM, da Masisa do Brasil, da NEX Coworking, da PUCPR, do Senai + Design, do UniCuritiba, da UFPR e da Universidade Positivo, além dos seguintes apoios: Filmcenter, Fnac, F9 Identidade Visual, Gráfica Exklusiva, Jamute Áudio, Clix Fotografia, Revista abcDesign e Shopping Palladium.

E o trabalho ainda não terminou: a ProDesign>pr e o Centro de Design Paraná já iniciaram a organização da segunda edição do evento, previsto para a primeira semana de outubro de 2012.

DESIGN TO BUSINESS: Senzº Umbrellas é destaque como presença internacional na primeira Semana D

A participação internacional durante a Semana D ficou com o seminário Design to Business (D2B), que em sua 13ª edição se integrou ao evento e trouxe o case da holandesa Senzº Umbrellas como um exemplo simples e claro de inovação através do design. Realizado pelo Centro de Design, em parceria com o Centro Internacional de Inovação (C2i), o D2B apresentou Philip Hess, um dos três fundadores da empresa que rompeu paradigma ao desenvolver e comercializar um novo formato para o usual guarda-chuva – que não vira e resiste a ventos de até 100 km/h. 

A ideia que criou a Senz° surgiu como um projeto de graduação, motivado a partir da frustração de Gerwin Hoogendoorn, integrante do time fundador, que teve três guarda-chuvas quebrados em uma semana. Introduzida ao mercado em 2006, as 10 mil unidades iniciais da peça foram vendidas em apenas nove dias, e, a partir daí, a repercussão só aumentou: além da visibilidade nas mídias, a Senz° foi premiada com a estatueta iF Gold do iF Design Awards – considerada o Oscar do Design – além de receber prêmios internacionais como o Red Dot Design Award, o Good Design Award e outros.

A palestra de Hess mostrou que o sucesso nasce com o bom produto – neste caso, uma inteligente aplicação de inovação para melhorar um objeto que existe há 3 mil anos – mas que a boa administração é que mantém o negócio em uma crescente. “Marketing também é um processo de design”, diz Hess sobre o trabalho que faz na Senz°. “No marketing, as possibilidades são divergidas e convergidas assim como em um produto”, afirma. Sobre o guarda-chuva, ele conta que vários problemas foram solucionados com o design desenvolvido pela empresa, entretanto o público não se lembraria de todos os pontos – “as pessoas vão se lembrar de apenas uma coisa”, diz Hess – e assim simplifica a definição de seu produto como um ‘guarda-chuva de tempestades’ (the storm umbrella, em inglês).

Philip Hess ainda deu boas lições para o início de um negócio, sobre investidores, sobre a boa comunicação com a imprensa e a importância de se ter uma mensagem simples e ser fiel à realidade do produto. E ainda destaca que as pessoas por trás do produto são tão importantes quanto o produto em si. “Nossos investidores estavam interessados em trabalhar conosco – não tanto com o guarda-chuva – mas conosco, as pessoas”, afirma ele. “E há múltiplas maneiras de se lidar com os investidores: também é possível ser criativo neste ponto”, completa.

Fotos: Daniel Sorrentino
Fonte: Centro de Design

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