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Design sem tecnologia é artesanato

Brasil dobra investimento na área de design industrial

Empresas gastam R$ 6 bilhões com design de produtos, o que representa 10% de tudo que a indústria aplica em pesquisa e desenvolvimento.

A Bienal do Design, em Belo Horizonte, traz exemplos de que investir em bons projetos faz a diferença. O Brasil já se deu conta disso, em sete anos, o investimento na área mais do que dobrou.

No túnel do tempo, a história é contada a partir da evolução de um móvel essencial na vida moderna: a cadeira É um desfile de clássicos, como a cadeira Wassily, da década de 1920. “Por ser uma cadeira tubular, cromada, então, muita gente acha que é um produto recente e a grande maioria tem 50, 60, 80 anos”, diz o designer industrial, Marcelo Hermeto.

Essa sensação de que o tempo não passa para certos objetos tem tudo a ver com a busca de ideias inovadoras, de que não basta só pensar em estética, conforto, ergonomia. O que acabou fazendo a diferença, em todos esses casos de sucesso, foi um conceito que virou sinônimo de competitividade para as empresas.

O investimento em design alavancou vendas e rendeu prêmios internacionais a um fábrica de móveis na região metropolitana de Belo Horizonte. O último graças a uma poltrona.

“Acerta a altura, acerta a ergonomia, largura, a proporção dela. Seis meses de estudo”, fala o diretor comercial, Rafael Mendes.
No Brasil, as empresas gastam R$ 6 bilhões com design de produtos, o que representa 10% de tudo que a indústria aplica em pesquisa e desenvolvimento. Em 2005, o investimento era de apenas 4%.

O diretor da empresa, Sérgio Mássimo Resende, entrou nesse ramo porque não conseguia encontrar uma fábrica para executar os projetos que desenhava. “Design sem tecnologia é artesanato porque hoje todo mundo pode comprar máquina. O que faz diferença é o design”.

Mas será que todo consumidor dá valor a um produto assim? Numa mostra da bienal, dados de uma pesquisa fazem o convite à reflexão: são pelo menos dez assentos que usamos, em média, todos os dias. O banquinho da praça, a cadeira do cinema, a poltrona do avião.

Por fim, um espaço para mandar um recado aos fabricantes. A administradora de empresa Daniela Andrade vai torcer pra que o guarda-roupas inteligente, sonho dela, não demore a pintar no mercado. “Com um clique vai lá rodando para gente sapatos, as roupas, as joias, acessórios, tudo e concretize. Porque eu vou está lá esperando. Sou a primeira”.

Fonte: G1

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