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Fazendo apostas que você pode se dar ao luxo de perder

Fazer apostas que você pode se dar ao luxo de perder é um dos conceitos fundamentais do livro Little Bets – How Breakthrough Ideas Emerge from Small Discoveries (“Pequenas Apostas – Como idéias inovadoras emergem de pequenas descobertas”), do escritor e consultor de inovação Peter Sims, lançado em abril nos Estados Unidos. Entre outros casos, ele narra como Steve Jobs colheu um de seus maiores sucessos, o estúdio de animação Pixar.

Pixar Animation Studios

Quando comprou a companhia, em 1986, Jobs acabara de ser enxotado da Apple. Estava em baixa. A Pixar tinha nascido dentro da Lucasfilm, do cineasta George Lucas, mas não como produtora de filmes. Seu principal produto era um computador que permitia ver imagens de exames de ressonância magnética. No entanto, não havia vendido nenhuma máquina. Quando Lucas enfrentou um custoso divórcio, pôs a empresa à venda. Pediu US$ 30 milhões. Jobs levou-a por US$ 5 milhões.

A Pixar já dominava, então, uma tecnologia de produzir imagens digitais avançada para a época. Mas a importância relativa da animação na empresa pode ser ilustrada pelo fato de que John Lasseter, o artista que viera da Disney e é hoje a alma criativa da Pixar, nem sala tinha. Sua mesa ficava num corredor. O presidente da Pixar, Ed Catmull, sonhava em produzir filmes, mas não lhe davam atenção – o processo digital era caro demais, e ninguém jamais havia feito um filme inteiro assim. Para conseguir contratar Lasseter, ele convenceu Lucas de que a Pixar poderia fazer pequenos filmes animados para demonstrar suas máquinas para os clientes.

Aos poucos, Jobs foi dando sinal verde para projetos maiores (tecnicamente mais elaborados e com histórias mais bem contadas). Eram apostas baratas. Lasseter, a maior estrela da divisão, ganhava apenas US$ 140 mil por ano. O primeiro curta da Pixar, Luxo Jr. (da lâmpada que até hoje simboliza a empresa), recebeu uma ovação de 6 mil pessoas numa feira de computação gráfica. Jobs permitiu que eles fizessem outro, no ano seguinte – também ovacionado pela plateia amante de tecnologia. Apesar disso, a divisão não dava dinheiro, e o negócio principal da Pixar (hardware) não decolava. Jobs ficou relutante, mas aprovou a produção de um terceiro filme, Tin Toy (“Boneco de lata”). O filme, de cinco minutos, ganhou o Oscar de melhor curta-metragem de animação de 1988. A partir daí, Jobs deu o sinal verde com mais facilidade, e foi gradualmente dirigindo a empresa para o setor de animação. Steve Jobs não foi somente um dos maiores inovadores da história, mas também um grande visionário.

Fonte: Época Negócios

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