“Tivemos um trabalho muito duro na criação de nosso principal efeito visual, Skinny Steve, o pré-renascimento de Steve Rogers, antes que ele se transformou no Capitão América”, disse o supervisor de efeitos visuais Christopher Townsend sobre o personagem central que aparece nesta terceira trilogia do novo filme “Capitão América: The First Avenger (2011)”. “Nós conversamos sobre o uso de uma cabeça computadorizada semelhante ao que tinham feito com “O Curioso Caso de Benjamin Button [2008].” Mas a idéia foi posteriormente desconsiderada.
“Não teria servido ao propósito do filme e o propósito do filme foi de fazer com que Chris Evans, no caso, fosse o principal ator deste filme. Todos nós queríamos que todo o seu desempenho estivesse lá tanto quanto possível. Depois de muito R&D, acabamos com uma solução 2D onde nós literalmente mapeamos o corpo de Chris Evans, fazendo-o mais magro, reduzindo seus ombros e braços, tornando seu rosto também mais magro, diluindo o seu nariz, fazendo o queixo mais pontudo e também fazendo-o menor em cerca de doze centímetros.”
O escudo que o Capitão América maneja, tanto como uma ferramenta de defesa e como uma arma letal é mostrado em vários estados de degradação; ele consiste de quatro tipos: metal, fibra de vidro, borracha e computadorizado. Houveram alguns tiros onde ele estava próximo da câmara, segurando o escudo, onde executamos em frame, colocando seu braço para trás, daí o escudo saia do frame, então ele deixava cair o escudo em realidade e jogava seus braços para a frente. Em seguida, o escudo computadorizado assumia o papel. Retratando o escudo como um objeto de vôo realista que poderia atingir pessoas não foi fácil. Nós estávamos tentando encontrar o equilíbrio entre tornando-se um objeto pesado perigoso e uma coisa mais leve. Fornecemos ao escudo computadorizado vibrações e balanços conforme se movia pelo ar para que pudéssemos realmente senti-lo como um objeto físico.
Nenhum filme de história em quadrinhos pode ser completo sem um vilão. Selecionados para retratar este vilão o Caveira Vermelha, que usa uma máscara de látex concebida pelo designer de makeup, David White. Parecia bonito porque você não sabia ao certo se era osso, pele, músculo, ou de sangue. Percebemos que no início de seu projeto de produção que teríamos que manipular o rosto consideravelmente, porque fisicamente quando você coloca uma máscara de um quarto de polegada em um ser humano, você nunca pode tê-la menor do que um humano e isso é o que você quer. Queríamos fazer com que parecesse como uma pele bem apertada mesmo e tivemos que fazer isso no personagem, afinando as bochechas, arredondando um pouco mãos seus olhos, retirando os cílios e diluindo o lábio inferior para torná-lo mais parecido com o personagem Caveira Vermelha, sem mencionar que tivemos também que remover seu nariz.
Produzir cerca de 1600 cenas com efeitos visuais no Capitão América: The First Avenger não foi uma tarefa pequena. Houveram 13 empresas diferentes com quem nós trabalhamos, assim como uma dentro de nossa própria casa. Tentamos dividir o trabalho, então tínhamos sequências individuais que cada empresa estava trabalhando. A British VFX inicialmente desenvolveu o Caveira Vermelha, a Luma Pictures fez algum trabalho de fundo digital, a Matte World Digital criou todo o ambiente de computação gráfica, a Whiskytree recriou a cidade de Nova York da década de 1940 com a ponte do Brooklyn, a Look FX de Los Angeles e Nova York ajudou a flutuar um carro, e a empresa alemã de VFX, a RiseFX foi chamada na última hora para finalizar alguns trabalhos de simulação mais complexos.
A Double Negative na Inglaterra serviu como o principal fornecedor para o filme, que recebeu cerca de 700 dos efeitos visuais que incluiu a incorporação e design dos aviões, trens, carros e tanques. Tudo foi construído a partir de modelos fornecidos pelo departamento de Arte, com exceção do carro de seis rodas do Schmidt que foram digitalizados. Visitamos alguns museus de aeronaves, principalmente o Duxford, onde conseguimos um monte de imagens de referências para os detalhes e texturas. Enquanto estivemos lá, também contratamos dois tanques para o dia para fornecer estudos de movimento para nosso Landkreuzer.
Para a Lola VFX, situada na Califórnia, foi dada a tarefa central de transformar Chris Evans em uma pessoa magra e fraca. O maior desafio para a criação de Skinny Steve foi manter a consistência ao longo de todos os tiros, afirmou o Supervisor de Efeitos Visuais Edson Williams, que aplicaram um método chamado de Cirurgia Plástica Digital para tornar o personagem uma realidade cinematográfica. Nos últimos seis anos, temos desenvolvido um processo único e metodologias de análise que produzem uma consistência possível. O artista principal (lead artist) criará um olhar aprovado para uma sequência e o olhar é rolado em cenas subsequentes. Usamos medições digitais e cyberscans para ajudar a ficar consistente.
Um segundo trabalho foi confiado a Lola VFX. O Caveira Vermelha foi muito mais fácil para nós do que as sequências com o Steve magro. A framestore já havia passado pelo processo de desenvolvimento e uma visão estabelecida já havia sido desenvolvida. Demorou cerca de uma semana para coincidir com a iluminação e texturas de framestore. Uma vez que completado, utilizamos pfTrack para 3D track da face do Caveira Vermelha e chama (Flame) para os composites. O grande problema que tivemos com o Caveira Vermelha era de combinar a constante mudança na iluminação da cena. Nosso departamento de 3D tinha definido keyframes para cada flash, faíscas elétricas e giro de cabeça nas filmagens. Nossa seqüência incluiu um monte de combate corpo a corpo e isso realmente retardou a velocidade de nossa equipe de iluminação em 3D.
fonte: cgsociety
“Fornecemos vibrações”, o escudo absorve a vibração, essa é a parte mais furada da história do Capitão América