Com faturamento na faixa dos US$ 840 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão) e crescimento médio anual em torno dos 7%, o mercado brasileiro de jogos eletrônicos desponta como um dos mais importantes do mundo.
Aquecido e com a projeção de se tornar o terceiro maior do mundo nos próximos anos (atrás apenas de Estados Unidos e Japão), o segmento tem grande oferta de vagas de designers e programadores, para trabalhar sobretudo no desenvolvimento de jogos destinados a redes sociais e plataformas móveis (smartphones e tablets). Profissionais de marketing também são altamente requisitados.
“Estou recrutando designers de 2d e de 3d, além de programadores. Tenho cerca de dez posições para preencher nos próximos projetos”, diz o coordenador de criação da produtora de games Hoplon, Arthur Nunes, que veio a São Paulo tentar recrutar profissionais na Brasil Game Show, maior feira de games na América Latina, que ocorreu entre os dias 11 e 14/10 no Expo Center Norte, em São Paulo.
Ele mesmo é exemplo de como o aumento do mercado nos últimos cinco anos tem atraído até profissionais de outras áreas. Formado em publicidade, Nunes foi trabalhar com cinema e se especializou em animação. Cerca de um ano atrás, recebeu o convite para coordenar a área de criação da Hoplon, maior empresa nacional do setor.
“Existe uma perspectiva muito grande de crescimento para o Brasil na área dos jogos casuais e o mercado vai contratar cada vez mais”, diz.
Projeções da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) dão suporte ao que diz Nunes. De acordo com a entidade, existem hoje no Brasil cerca de 200 estúdios de criação, que empregam cerca de 4 mil profissionais.
“Evoluímos muito, se considerarmos que em 2008 faturávamos apenas R$ 87 milhões. Baseado no crescimento que tivemos nos últimos anos, a tendência é de que este número de vagas dobre em pouco tempo”, estima o presidente da Abragames, Fred Vasconcelos. De acordo com ele, um profissional em início de carreira ganha em média R$ 3,5 mil. “Mas isso varia, há casos em que o salário é muito maior, dependendo da função”, diz.
A explosão dos jogos casuais para redes sociais e dispositivos móveis é que puxa a criação de oportunidades no setor. O designer de interface de jogos Leandro Novaes é a prova disso. Ainda no último ano de faculdade recebeu o convite para entrar na recém-fundada 2Mundos, empresa voltada ao desenvolvimento de jogos casuais, para o mercado brasileiro. “Acabei me descobrindo nesse mercado e quero explorar as oportunidades que se desenham para mim.”
Designers como Novaes, são alguns dos trabalhadores mais procurados, sobretudo os especializados em design 3D. A outra atividade que completa o pilar da criação dos games é a de programador, diz Vasconcelos, da Abragames. “É ele quem recebe o ‘roteiro’ criado pelos designers e coloca a ideia em prática.” De acordo com Vasconcelos, há escassez desses profissionais no Brasil. E os que se destacam por aqui, logo vão para fora. “Na minha empresa, a Jinx, já perdi 42 desses profissionais para o exterior”, conta.
Devido ao momento de crescimento, muitos desses trabalhadores acabam virando empreendedores, criando seus próprios jogos e buscando parcerias para lançá-los, como fez o programador José João de Oliveira Júnior. Ele montou sua própria empresa, a Overtime Studios, e lançou seu primeiro título para smartphones, ‘Sushi Bomb’. O objetivo agora, segundo ele, é conseguir parcerias para distribuir o game.
Há espaço também para quem não é especialista
As oportunidades de trabalho no segmento de games eletrônicos não se restringem aos profissionais ligados às criação dos jogos, como programadores, artistas conceituais, designers e programadores, diz o presidente da Associação Brasileira dos desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames), Fred Vasconcelos. Segundo ele, há espaço para quem atua nas áreas de marketing, publicidade e também de vendas.
“As principais empresas do mundo, tanto fabricantes de consoles (Microsoft e Sony) quanto publicadoras e distribuidoras (EA, Warner, Capcom) estão abrindo escritórios no Brasil para melhorar a distribuição e divulgação de seus produtos”, reitera o organizador da Brasil Game Show, Marcelo Tavares.
Diferentemente, das profissões técnicas, para as quais há cursos especialmente criados para formar desenvolvedores de games, para as demais áreas do setor, como a de marketing, não há formação específica. Portanto, quem se aventura no setor acaba aprendendo na prática suas peculiaridades.
Paixão. Os empresários, porém, dizem o que é primordial para atuar nesse mercado. “Antes de tudo, é importante gostar de games. Pois no dia a dia, ele vai respirar games”, indica Vasconcelos.
Tavares vai além: “Tem de ser um gamer, um jogador, tem de entender muito desse mundo, pois trata-se de um universo muito específico, no qual o público consumidor é composto por uma maioria de apaixonados”, diz ele. “Nossa equipe, que passa o ano inteiro pensando na organização da feira, é composta essencialmente por jogadores”, acrescenta.
Fonte: Estadão
Felipe, acho que você começou errado. Muito gente fala que não, mas o nome da universidade pesa.
Se vc que está lendo isso tem talento, sabe modelar texturizar, animar ou programar, não espere por ninguém, corra atras do seu melhor, as empresas sempre vão pedir experiencia a melhor forma de conseguir é vc tendo o seu projeto, afinal se vc já fez um jogo mesmo de sua autoria já tem experiencia, podem ter muitas empresas de games brazucas, mas quase não escuto falar de nenhum, sabem por que? por que faltam boas idéias, é ridículo o mercado brasileiro querer imitar o americano fazendo jogos em inglês, já é o primeiro passo pra se tornar desconhecido. ser original e ouvir o seus clientes alvos é o segredo, coisa que a hoplom fez de errado, matou a versão do taikodom que eu jogava e amava, matou o jogo por não conhecer seus clientes muito menos o jogo que criaram. acho que o maior erro de uma empresa de games é não jogar o próprio jogo.
Concordo mais com o cometário do Felipe do que com essa matéria! Meu marido meche pra caramba no 3DS MAX, digno de dar aula! mesmo assim não consegue nada! O portfólio dele é bom, (comparado ao pc) e mesmo assim, olham pra ele como se fosse um pedaço de papel no chão, pra não dizer pior…COMO QUE OS PROFISSIONAIS FICAM FODAS SE NINGUÉM DÁ OPORTUNIDADE? UMA CHANCE!!!! é tudo que precisamos! U M A C H A N C E !
Quer uma oportunidade ? A nossa empresa dá oportunidade ! Envio o curriculum para este e-mail: comercial @ marqueseferreira.com.br, pois temos um projeto para desenvolver quem sabe realizaremos uma parceria, pois além deste primeiro projeto teremos que apresentar para 33 empresas.Att. Ferreira.
Eu não concordo com uma certa parte desta reportagem. Sou formado em Design Gráfico pela Anhanguera, no estado de Santa Catarina, logo após fiz um curso de um ano em uma empresa renomada de Florianópolis de Game Design… onde aprendi modelagem 3D, concept, um pouco de ilustração e animação e mais uma série de coisas inerentes a área. Obviamente por nunca ter trabalhado nesta área especifica, não possuia na época uma experiência digna de hollywood.. porém, após terminar o curso, já com um certo conhecimento da área.. fui em busca do sonho: Entrar em uma empresa de desenvolvimento de games.
E foi ai que veio a decepção.. Mandei o meu curriculum e o meu portfólio para pelomenos 50 empresas do Brasil todo.. e em 99% dos casos a resposta era a mesma: “precisamos e alguém com mais experiêcia, com mais conhecimento na área, com um knowhow maior”
Pooooxa.. não sei se todos vão concordar.. mas como que alguém que acabou de se formar em um curso de games vai ter experiência?? No máximo o cidadão vai ter os projetos executados durante o curso e alguma coisa feita em casa nos finais de semana.
Mas as empresas querem contratar os “mini-bill-gates” do game design, o cara tem que saber pilotar até helicóptero pra conseguir uma vaga de ESTÁGIO!! Me ofereci em certas ocasiões para ser o cara que serve o cafezinho das 15:30.. pra ver se assim eu entrava na empresa e depois mostrava do que eu sou capaz…
Não entendo como uma empresa pretende crescer.. e ter profissionais capazes e excelêntes.. se nem ao menos oferece uma oportunidade!? Acredito que o profissional que não possua experiência nesta área.. no momento que consegue uma oportunidade.. vai dar até o sangue para fazer e acontecer, para que o sonho dele se realize, para que ele consiga provar para todo mundo que ele consegue, que ele é capaz.
Enfim.. este é o desabado/relato de uma pessoa apaixonada por este mundo digital, porém abosolutamente decepcionada com a forma que o mercado se posiciona em relação a quem não sabe piotar helicópteros…
Caso alguém queira discutir este assunto ou mesmo compartilhar estas ideias.. meu email é felipe.fix@gmail.com
Obrigado e boa noite.
Felipe.