Governo indiano exigiu prova ao produtor do filme “As Aventuras de Pi” de que o tigre não era real
As Aventuras de Pi, filme recém premiado pelo VES Awards, organizado pela Sociedade de Efeitos Visuais em Los Angeles, chamou tanto a atenção do governo indiano, que ficou preocupado com eventuais maus-tratos de animais. O diretor Ang Lee esteve presente no evento para receber o prêmio na categoria de longa-metragem focado em efeitos especiais.
Ang Lee falou sobre o visual do filme e afirmou que a cena mais difícil de trabalhar foi o naufrágio no começo do filme. “Foram 78 dias para rodar, intercalados, e mais um ano e meio na finalização dos efeitos. Água é bem difícil de criar digitalmente”, de acordo com Ang Lee.
Já o tigre produzido digitalmente por sua produtora ficou tão realista que o diretor precisou provar ao governo indiano que não estava abusando de um animal real. “Tivemos que mostrar passo a passo para que eles acreditassem que o tigre não era de verdade. Isso na verdade é um grande elogio”, disse Ang Lee.
Sobre o filme
As Aventuras de Pi é uma adaptação cinematográfica do livro A Vida de Pi, de Yann Martel, que Ang Lee dirigiu em 3D. No filme, o estudante Suraj Sharma, que mora com seus pais matemáticos em Delhi, na Índia, venceu uma disputa com três mil concorrentes pelo papel de Piscine Patel, o Pi. Na trama, o garoto indiano se vê num bote em alto mar depois de um naufrágio. Como companheiros de viagem, uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre de Bengala, além de algumas moscas de banana.
