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Produzir conteúdo 3D ainda é grande desafio

A China anunciou recentemente o lançamento, em caráter experimental, de seu primeiro canal de TV 3D. Operado pela China Central Television (CCTV) e mais cinco estações locais, o canal terá quase cinco horas de programação diária em 3D. No Japão, na Coreia do Sul e na Índia, iniciativas semelhantes já foram anunciadas. O mesmo ocorre nos Estados Unidos e em outros países da Ásia. Apesar desses movimentos, a oferta de conteúdo 3D continua escassa, um dos fatores que limitam a adoção da tecnologia pelo público, segundo especialistas.

No mundo, existem atualmente 40 emissoras capacitadas a transmitir conteúdo em 3D, mas não há produção suficiente para preencher as grades 24 horas por dia, observa José Dias, diretor de engenharia de multimídia da Rede Globo. “A pós-produção requer maior investimento e mais tempo para ser finalizada”, explica.

No Brasil, outro fator que inibe a produção é a falta de um padrão de transmissão 3D para a TV aberta. “Hoje, o 3D só pode ser transmitido por cabo ou satélite”, afirma Dias. A Globo fez em 2011 transmissões de teste do Carnaval, exibidas em salas especiais no Rio de Janeiro, e gravações da novela “Viver a Vida”. A rede estuda transmitir jogos da Copa de 2014 em 3D. “Até lá a tecnologia estará mais consolidada e mais barata, e a maioria das TVs terá capacidade para receber o sinal 3D”, diz. A Discovery e a ESPN testam a tecnologia 3D no país. A Rede TV também faz transmissões nesse formato.

A falta de programação é apontada por fabricantes de TV como um dos fatores que dificultam as vendas do aparelho. Rafael Cintra, gerente sênior da linha de TVs, áudio e vídeo da Samsung, diz que mesmo a oferta de vídeos é escassa: desde 2010, foram lançados 38 títulos em Blu-ray no país. A fabricante fez acordos com estúdios no exterior para ampliar a oferta em um canal próprio, que atualmente possui 50 títulos. “Em 2012, a expectativa é dobrar essa oferta”, diz.

A LG optou por incluir em suas TVs sistemas que convertem conteúdo no formato 2D em 3D. “A integração do 3D com a internet permitiu aos usuários adquirir conteúdos on-line sob demanda, o que favoreceu as vendas dos aparelhos”, diz Fernanda Suma, gerente de televisores da LG.

Fonte: Valor

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