Joguinhos na tela que ensinam a somar, subtrair, multiplicar e dividir, sem chatear. Um “laboratório” inteiro com dezenas de experimentos sem o risco de quebrar tubos de ensaio nem de queimar as mãos. Mais de 430 mil verbetes da língua portuguesa sem o peso dos dicionários e ao alcance de um toque. Histórias infanto-juvenil onde heróis e vilões podem ser vistos e seguidos em 3D e os textos são lidos em voz alta. E para os adultos, uma “corretora de imóveis” virtual que mostra como o apartamento ou escritório, ainda na planta, vai se parecer no futuro. Esses são apenas alguns dos recursos ou aplicativos que invadem o mercado dando início a uma nova revolução digital. “O laboratório virtual permitirá ao aluno fazer experiências como se tivesse em um laboratório de fato usando um computador, lousa digital ou tablet. O nível de simulação permitido a um conjunto de experiência é inédito no Brasil”, afirma Tadeu Terra, diretor de Material Digital da Pearson Brasil.
O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), como são denominados esses sistemas de soluções direcionados à educação, já é velho conhecido no mercado americano. “Cerca de 7 milhões de estudantes e mais de 100 mil professores nos Estados Unidos já são usuários dos laboratórios, que podem ser utilizados dentro ou fora da sala de aula”, explica o diretor. “O método contribui para auxiliar no aprendizado de matérias de ciências exatas e biológicas, aspecto fundamental para formar novos cientistas”, completa. Para se ter uma ideia, é possível realizar mais de 1.200 reações químicas diferentes no laboratório de química inorgânica. O custo para 30 assinaturas do AVA, sai por R$ 3 mil.
Para os alunos que ainda estão na fase da alfabetização, a Positivo Informática acaba de lançar a Mesa Educacional Alfabeto com Realidade Aumentada, uma tecnologia que permite a interação de objetos reais com ambientes virtuais em 3D. “Essa solução potencializa ainda mais a premiada solução de tecnologia educacional com atividades que estimulam a criatividade, o interesse pela leitura e escrita e ajuda a ampliar o vocabulário”, conta Carla Flores, gerente de novos produtos da divisão de tecnologia educacional da Positivo. A realidade aumentada é uma tecnologia na qual um elemento do mundo real, ao ter sua imagem capturada e processada por um software, se transforma em uma animação virtual. O novo produto permite ainda “diagnosticar o nível de alfabetização e verificar a compreensão que os mesmos têm em relação à leitura de enunciado e de diferentes gêneros textuais”.
A tabuada, é outro destaque. afirma Carla. Recomendada para crianças de 6 a 10 anos, ela torna-se “um centro de atividades com desafios que estimulam o raciocínio lógico, o pensamento independente e a capacidade de resolver problemas”, afirma. Mas a vedete da companhia ainda continua sendo o Aurélio para iPhone e iPod Touch, que exibe a versão completa do dicionário, com mais de 435 mil verbetes, definições e locuções, classe gramatical, etimologia e conjugação completa dos verbos.
Com acesso total offline, sem necessidade de conexão com a Internet, o aplicativo é atualizado para a nova ortografia e permite, além de consultar os verbetes, conhecer as regras que regem as mudanças. “Os aplicativos vão dominar o mercado e quem não apostar nos parceiros corretos pode vir a sucumbir”, afirma José Martim Juacida, analista do mercado de PC da consultoria International Data Corporation (IBC). Segundo ele, os próximos quatro anos, a expectativa do mercado é que as vendas globais de aplicativos para smartphones e tablets devam atingir US$ 40 bilhões.
A incorporadora Rossi, inovou ao investir no maior projeto de “realidade aumentada” do mundo, em junho de 2010, com o empreendimento Fibrasa Connection, localizado em Vitória (ES). O empreendimento Palhano Business Center, edifício comercial em Londrina, também contou com esta tecnologia para apresentar o projeto aos clientes e a sua visualização virtual no próprio terreno. “Esta tecnologia é uma novidade da ciência da computação, possibilitando ao cliente ver o empreendimento que está comprando, da forma mais real possível”, afirma Gustavo Barreto, diretor da Rossi.
Segundo ele, os empreendimentos que tiveram a implantação da “realidade aumentada” foram sucesso de vendas. “Em Londrina, tivemos cerca de 90% dos edifícios vendidos nos primeiros meses, o que nos levou a antecipar o lançamento da segunda torre”, diz. A “realidade aumentada” permite a visualização do empreendimento no terreno. “O cliente consegue ver o empreendimento real na tela do notebook como se estivesse sobrevoando a área. Outra aplicação é a visualização no computador pessoal, o cliente pode entrar no site e imprimir”. O cliente conseguir visualizar o imóvel, de qualquer lugar”.